domingo, 15 de agosto de 2010


Estive pensando se essa minha instabilidade é comum. De sentimentos, de necessidades. Não consigo lembrar quando foi a última vez que me peguei fascinada pelo comum. Já faz tanto tempo. Pior ainda se pensar na minha paixão pelo desconhecido... ah, essa não acaba nunca. Se precisar discorrer sobre algo interessante, não consigo mais. Como a rotina pode se tornar mortal!! A rotina, que traz tanto conforto e segurança, que me permite dormir em paz. Que me tornou disléxica, e me fez precisar de óculos. Uma pitada do passado, por favor.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009



Almoço no japa: R$ 50.
Estacionamento pernoite: R$ 30.
Cervejas e petiscos: R$ 20.
Terminar a noite ouvindo:
"Você tem o perfil Pin-up"
Não-tem-preço!

sábado, 29 de agosto de 2009

www.taramcpherson.com

sábado, 22 de agosto de 2009


Vimo-nos todos presos. Entreolhávamos. Nunca me senti tão incapaz. E o desespero era iminente. Não havia saída. A única escapatória que parecia possível, bem ali ao lado, era ilegal. O sangue corria, incitando-me. E, olhando para eles, via que a tentação não era exclusiva. Disfarçávamos. A vontade de desistir só aumentava. Mas meu corpo, meus impulsos, quedavam-se inertes. Entregar-me pareceu mais razoável. O dispêndio de energia, àquela altura, seria bem menor, se eu fosse até o fim. E assim o fiz. Rendida, ali permaneci. Permanecemos, por horas. Cada pequeno movimento reiniciava o ciclo de espera, de angústia. Numa tentativa desesperada de me distrair, comecei a observar os trejeitos alheios. Mãos na testa, no nariz, suspiros. Um deles teve o privilégio de se levantar, e se pôs a lavar as mãos. Me veio a ânsia de fazer o mesmo. Mas não pude, pois nem água para beber eu tinha. Recomecei a observar, as pessoas, a respiração, os segundos. E então, dei-me conta. Aqueles pequenos movimentos de antes, começaram a se tornar significativos. O espaço entre nós era maior. E a esperança de finalmente me ver livre, enchia-me os olhos. Movimento, finalmente! De pouco em pouco, aquilo tornava-se menos sufocante. E então, depois de longas horas, a gaiola parecia estar aberta. Aquele gosto, o da liberdade, nunca foi tão doce. Agora eu já poderia até desistir, tinha condições para isso. Mas eu segui em frente. De vidros abertos, coloquei um som agradável, e segui. Rumo ao Fórum Central, para dar início ao meu dia de trabalho.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

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Hoje, saindo de casa 10 minutos mais cedo, o delicioso congestionamento matinal teve outra cara. O nosso governador José Serra era quem falava na rádio (me apavorando com a idéia do "Parque Várzeas do Tietê". Medo.), e, distraída, acabei pegando uma faixa diferente. Cheguei mais cedo no meu destino.

Por conta disso, acabei adiantando coisas que não estavam previstas, e o almoço, que deixei pra 5 minutos mais tarde, foi acompanhado por pessoas nada familiares. Sim, só 5 minutos mais tarde. Na volta, não subi com minhas companhias de elevador, e a mulher da "bala gelada de côco" ainda caminhava até o cartório (não, dessa vez não precisei ouvir aquela voz irritante).

Até na hora de ir embora, sair 1 (mísero) minuto mais cedo, por conta dos imprevistos do dia, fez parecer com que o relógio se confundisse no tempo. E antes disso, vi que uma pessoa saía do banheiro. Então é isso, aquela pessoa que não via há séculos sai 1 (mísero) minuto antes de mim.

E aquele trânsito absurdo de todas as noites, hoje não estava lá. Onde estavam as pessoas?

Sistemas complexos e dinâmicos.

A teoria do caos me fascina!