Às vezes me pego em momentos de saudade absurda. Saudade de tantas coisas que já fiz e gostei, e de tantas coisas que já fiz e me arrependi. Vontade de voltar e fazer tudo de novo, ou de voltar e fazer tudo diferente. Vontade de rever pessoas que me fizeram bem, e também aquelas que já me fizeram tão mal. Vontade de saber qual foi o destino de cada um, e de qual seria se alguma atitude minha tivesse sido diferente. Se eu tivesse abraçado ao invés de fugir, se eu tivesse ligado ao invés de deixar passar, se eu tivesse curtido mais um pouquinho, se eu tivesse dado mais uma chance, se eu tivesse ido naquela balada ao invés de ficar em casa assistindo à um filme reprisado pela milésima vez, ou se eu tivesse ficado em casa ao invés de ter ido naquela festa miada. Como eu estaria hoje, se tivesse esperado passar o segundo ônibus, se tivesse assistido à programas diferentes, se te surpreendesse com um "oi" pessoalmente ao invés de um "tchauzinho" à distância.
Relendo diários antigos parece que tudo era tão fácil de se resolver, e por que eu não o fiz? Por que mesmo depois de tantos erros óbvios, continuei insistindo que estava fadada à mesmice? Se eu sempre acreditei que "a arte imita a vida", por que eu não colaborei nos "scripts"?
E se eu continuo insistindo em alguns erros, e me recuso a mudar, começo a acreditar que é como diz aquela musiquinha brega: "o caminho mais fácil nem sempre é melhor que o da dor".
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
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