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Fácil perceber, relendo blogs e diários antigos, mas insuportável de entender. Porque hoje as palavras já não fluem mais com a facilidade de antes. Elas se perdem em minha mente antes de serem expostas, e então a língua enrola, os dedos 'batucam' o teclado, e volto a me perder em pensamentos distímicos.
O que antes era inspiração, hoje passa despercebido. Não consigo nem mesmo encontrar as lembranças.
Quando a cabeça estava vazia, a memória se mantinha viva. Vovó ainda se fantasiava e me trazia doces. O ócio me consumia, não encontrava uma saída imediata, mas as histórias eram postas num texto honesto, necessário. Na falta do que fazer, eu ainda corria na rua, e machucava os joelhos. Chorava por não conseguir realizar, pela ânsia de viver. Mas logo eu vestia minha jardineirinha cor-de-rosa, e as palavras escorriam. Era em meio a essa oficina que todo o bom começava a se eternizar.
Hoje, quando o cheiro passa depressa, e as vozes são muitos agudos e graves esporádicos, e as pessoas e objetos movem-se incessantemente, e o diabo ainda trabalha... hoje, as lembranças me falham.
Toda a inspiração e idéias que me impulsionam. Inenarráveis. Aprisionadas.
E a vontade de me esparramar em palavras, de vomitar o que me engrandece, de continuar eternizando o que me exalta... ahhhh... sinto que vou explodir!!
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domingo, 2 de agosto de 2009
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